Miséria e libertação na Psicologia brasileira: reflexões com e a partir de Martín-Baró
Palabras clave:
Colonização, Dependência, Martín-Baró, Psicologia da Libertação, Psicologia latino-americanaResumen
No trabalho, dissecamos a análise de Ignacio Martin-Baró sobre o desenvolvimento da Psicologia latino-americana e sua miséria, explicitando a pertinência de suas elaborações para a análise (crítica) da Psicologia no Brasil e as possibilidades de sua transformação, a partir do projeto ético-político da Psicologia da Libertação. Discorremos na análise baroniana sobre “o que tem sido a realidade latino-americana”, “o que a Psicologia tem sido, produzido e a quem tem servido” e “o dever ser/fazer da Psicologia (popular e da Libertação)”. A partir disso, discutimos as tarefas e caminhos a serem assumidos por uma Psicologia brasileira que, ao contribuir para a libertação das maiorias populares, não só se transforme, como liberte-se de si mesma.Citas
Boechat, F. M. (2017). A Psicologia Brasileira nos Ciclos Democrático-Nacional e Democrático-Popular. Psicol., Ciênc. Prof., 37(spe), 57-70.
Boechat, F., Vieira, A. & Pizzi, B. (2020). A “visão histórica da Psicologia Social” de Ignacio Martín-Baró. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 20(2), 630-650.
Conselho Federal de Psicologia [CFP]. (2008). Resolução CFP nº 18/2008. Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo. Brasília: CFP.
CFP. (2019). Hospitais Psiquiátricos no Brasil. Relatório de inspeção nacio-nal. Brasília: CFP.
CFP. (2022). A psicologia em números. Consultado em 26 de julho 2022 de: http://www2.cfp.org.br/infografico/quantos-somos/
Costa, G. C. & Souza, M. P. (2020). O contexto político da produção de Ig-nacio Martín-Baró. Cadernos Prolam/USP-Brazilian Journal of Latin American Studies, 19(36), 20-40.
Costa, P. H. A., & Farias, T. M. (2022). Contribuições da Teoria Marxista da Dependência à (crítica da) psicologia brasileira. Germinal: Marxismo e educação em debate, 14(1), 331-360.
Costa, P. H. A., & Mendes, K. T. (2020). Colonização, Guerra e Saúde Men-tal: Fanon, Martín-Baró e as Implicações para a Psicologia Brasileira. Psic.: Teor. e Pesq., 36(spe), e36nspe14.
Costa, P. H. A., & Mendes, K. T. (2021). A miséria da Psicologia Brasileira: subordinação ao capital e colonização-dependência. Pesquisas e Prá-ticas Psicossociais, 16(2), 1-17.
DIEESE. (2016). Levantamento de informações sobre a inserção dos psicó-logos no mercado de trabalho brasileiro. São Paulo: DIEESE.
Farias, M. (2018). Formação do povo brasileiro e a questão negra: uma lei-tura psicossocial. In M. L. Silva et al. (eds.). Violência e sociedade: o racismo como estruturante da sociedade e da subjetividade do povo brasileiro (pp. 47-66). São Paulo: Escuta.
Guareschi, N. M. F., Galeano, G. B., & Bicalho, P. P. G. (2020). 40 anos: O que a psicologia tem produzido enquanto ciência e profissão? Psicologia: Ciência e Profissão, 40, e237742.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA]. (2017). Nota Técnica. Per-fil das Comunidades Terapêuticas Brasileiras. Brasília: IPEA.
IUDOP. (1988). Condiciones basicas de vida del campesino salvadoreño. Una encuesta de opinión publica. San Salvador: UCA.
Lacerda Jr., F. (2013). Capitalismo dependente e a psicologia no Brasil: das alternativas à psicologia crítica. Teoría y crítica de la psicología, 3, 216-263.
Lacerda Jr., F. (2014). Psicología política e marxismo na história recente. In S. A. M. Sandoval, D. U. Hur, B. S. A. Dantas, (eds,), Psicologia Política. Temas atuais de investigação (pp. 25-52). Campinas: Alinea Editora.
Lacerda Jr., F. (2017). Apresentação - Colocando a Psicologia contra a or-dem: introdução aos escritos de Ignacio Martín-Baró. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 7-21). Petrópolis: Vozes.
Lacerda Jr., F., & Oropeza, I. D. (2015). La Psicología de la Liberación 25 años después de Martín-Baró: memoria y desafíos actuales. Teoría y Crítica de la Psicología, 6, 1-5.
Martín-Baró, I. (1973). Antipsiquiatría y antipsicoanálisis. Estudios Cen-troamericanos, 28(293/294), 203-206.
Martín-Baró, I. (1980). Ética en psicología. Teoría y Crítica de la Psicología, 2015, 6, 491-531.
Martín-Baró, I. (1980). O psicólogo no processo revolucionário. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 25-29). Petrópolis: Vozes, 2017.
Martín-Baró, I. (1982). Um psicólogo em frente à guerra civil em El Salva-dor. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 233-250). Petrópolis: Vozes, 2017.
Martín-Baró, I. (1983). Entre o indivíduo e a sociedade. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 101-161). Petrópolis: Vozes, 2017.
Martín-Baró, I. (1984). Guerra e saúde mental. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 251-270). Petrópolis: Vozes, 2017.
Martín-Baró, I. (1985). O papel do psicólogo. Estudos de Psicologia, 1996, 2(1), 7-27.
Martín-Baró, I. (1985). Conflito social e ideologia científica: do Chile a El Salvador. In. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 30-54). Petrópolis: Vozes, 2017a.
Martín-Baró, I. (1985). A desideologização como contribuição da Psicologia Social para o desenvolvimento da democracia na América Latina. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossoci-ais (pp. 55-65). Petrópolis: Vozes, 2017b.
Martín-Baró, I. (1986). Para uma psicologia da libertação. In R. S. L. Guz-zo, & F. Lacerda Jr., F. (eds.), Psicologia social para América Latina: o resgate da psicologia da libertação (pp. 101-120). Campinas: Alínea, 2011.
Martín-Baró, I. (1987). O latino indolente: caráter ideológico do fatalismo latino-americano. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 173-203). Petrópolis: Vozes, 2017a.
Martín-Baró, I. (1987). O desafio popular à Psicologia Social na América Latina. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 66-88). Petrópolis: Vozes, 2017b.
Martín-Baró, I. (1987). Da guerra suja à guerra psicológica: o caso de El Salvador. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 271-285). Petrópolis: Vozes, 2017c.
Martín-Baró, I. (1987). A violência na América Central: uma visão psicos-social. In I. Martín-Baró. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (p. 286-311). Petrópolis: Vozes, 2017d.
Martín-Baró, I. (1988). A violência política e a guerra como causas do trauma psicossocial em El Salvador. Crítica e libertação na Psicologia: estudos psicossociais (pp. 312-332). Petrópolis: Vozes, 2017.
Martín-Baró, I. (1989). Psicologia Política do Trabalho na América Latina. Psicologia Política, 2014, 14(31), 609-624.
Martín-Baró, I. (1990). La familia, puerto y carcel para la mujer salvadoreña. Revista de Psicología de El Salvador, 9(37), 265-277
Martín-Baró, I. (1990). Psicologia Política Latino-Americana. Psicologia Política, 2013, 13(28), 555-573.
Martín-Baró, I. (1991). El método en psicología política O Método em Psico-logia Política. Psicologia Política, 2013, 13(28), 575- 592.
Martín-Baró, I., Oropeza, I. D., & Rosa, M. P. (2021). Psicologia Social a partir da América Central: Desafios e Perspectivas. Entrevista com Ignacio Martín-Baró. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 21(2), 826-839.
Mello, S. L. (1975). Psicologia e profissão em São Paulo. São Paulo: Ática.
Moysés, M. A. A., & Collares, C. A. L. (2013). Controle e medicalização da infância. Desidades, 1, 11-21.
Oliveira, L. B., Guzzo, R. L., Tizzei, R. P. & Silva Neto, W. (2014). Vida e a obra de Ignácio Martín-Baró e o paradigma da libertação. Revista Latinoamericana de Psicología Social Ignacio Martín-Baró, 3(1), 205-230.
Oropeza, I. D. (2016). Ignacio Martín-Baró: Una lectura en tiempos de quie-bres y esperanzas. San José, Costa Rica: Editorial Arlekín.
Patto, M. H. S. (1997). Para uma crítica da razão psicométrica. Psicologia USP, 8(1), 47-62.
Pavón-Cuéllar, D. (2015). Por la objetividad y contra la imparcialidad: el compromiso en la reflexión epistemológica de Ignacio Martín-Baró. Teoría y Crítica de la Psicología, 6, 12–25.
Ratner, C. (2015). Recuperación y promoción de las ideas de Martín-Baró sobre psicología, cultura y transformación social. Teoría y Crítica de la Psicología, 6, 48-76.
Schucman, L. V., & Martins, H. V. (2017). A psicologia e o discurso racial sobre o negro: Do “objeto da ciência” ao sujeito político. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(spe), 172-185.
Sue-Montgomery, T., & Wade, C. (2006). A revolução salvadorenha: da re-volução à reforma. São Paulo: Editora UNESP.
Yamamoto, O. H. (1987). A crise e as alternativas da psicologia. São Paulo: Edicon.